quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Casa comigo?

Me perguntou sem deixar brechas para recusa.
Sorri docemente, ainda com medo da tal resposta que poderia mudar completamente o rumo de minha vida. Todas as oportunidades, fracassos, metas, frustações passaram pela minha cabeça naquele momento. Uma resposta errada poderia por fim a tudo. E agora? Como? Quando? Por que me perguntou isso assim?

Enquanto aquele turbilhão de pensamentos duvidosos povoavam minha cabeça. Eis que a boca, em processo totalmente egoísta e independente, sem dar siquer um aviso prévio, se abre e formata a tão esperada resposta. O coração palpita, os pés gelam, o mundo se cala para ouvir o som daquelas palavras. Ela (a boca) toma para si a responsabilidade, assume os riscos e diz sem culpa, sem medo, de uma só vez: "SIM, Eu aceito".

O Céu se abre, o mundo pára e esse momento se eterniza para sempre na vida daqueles dois corações.

Um comentário:

  1. Que bela escrita sobre como os sentimentos que nos dominam. Pensamos que mandamos em nós mesmos, mas são os nossos sentidos que fogem à regra e se mostram inteiramente como querem, sem pudores... Parabéns pela texto, relembrei um momento que vivenciei em meados de 2008 e minha boca reagiu da mesma maneira... Ah os sentidos, como são independentes!!!!!!

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